A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) divulgou no dia 23 de março de 2021 o Global Music Report, relatório que traz importantes dados e estatísticas sobre a performance do mercado fonográfico mundial no ano de 2020.
Entre os principais pontos do documento está o crescimento, pelo sexto ano consecutivo, de 7,4% registrado por esse segmento. Somente no último ano, as gravações musicais movimentaram US$ 21,6 bilhões mundialmente. O valor inclui ganhos com streaming, vendas e direitos de execução pública de músicas gravadas e sincronização, mas não inclui, por exemplo, os direitos de execução pública de música ao vivo, entre outros.
Mais uma vez, o crescimento foi impulsionado pelo streaming, especialmente nas receitas provenientes das assinaturas de serviços, que aumentaram 18,5%. O streaming cresceu 19,9% (incluindo assinatura paga e publicidade nos serviços) e atingiu US$ 13,4 bilhões, ou 62,1% das receitas globais de música gravada. No final de 2020, havia 443 milhões de usuários pagantes somente no segmento.
O crescimento do streaming vem ao encontro de uma tendência observada também no Brasil e apontada pelo Ecad: em 2020, o segmento de Serviços Digitais somou R$ 184,5 milhões em execução pública, um valor 41,2% superior ao registrado em 2019, quando foram arrecadados R$ 130,7 milhões. “O crescimento desse segmento já era percebido desde antes da pandemia e foi impulsionado pela quarentena forçada, assim como pela diminuição de receita em shows e em sonorização ambiental, por exemplo”, observa Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad.
Ainda de acordo com o relatório, o Brasil continuou a ser o maior mercado da América Latina para a indústria fonográfica, com receitas que cresceram 24,5% em 2020. Mais uma vez, o streaming entrou em cena: o crescimento no nosso país foi impulsionado por um aumento de 37,1% nas receitas de streaming. No entanto, o país ficou de fora do top 10 dos principais países em receita gerada nesse segmento.
Confira mais detalhes do “Global Music Report” clicando aqui (relatório em inglês, mas pode ser traduzido pelo Google translater para ler em português).
Para conferir a matéria do G1 sobre o assunto, que contou com a participação da superintendente executiva do ECAD, Isabel Amorim, clique aqui. Já para saber mais sobre os resultados registrados pelo Ecad em 2020, acesse este link.