Crescimento na Industria musical em 2021 é impulsionado pelo alto consumo de músicas por plataformas de streaming.
Pró-Música Brasil, compartilhou recentemente, dados conforme o relatório divulgado pela IFPI e ressalta o crescimento no mercado brasileiro.
Considerando apenas as vendas físicas e digitais o mercado brasileiro cresceu 34,2% atingindo R$ 1,8 bilhão, ocupando atualmente a 11ª posição geral no ranking mundial, pelo 6º ano consecutivo.
A arrecadação de direitos de execução pública para produtores, artistas e músicos atingiu R$ 280 milhões, um aumento de 19,1% em relação a 2020, ano mais impactado pela pandemia neste segmento de receita. O mercado total atingiu R$ 2,1 bilhões, o que representa que, em valores nominais e em moeda local, o setor quase que dobrou seu faturamento nos últimos 3 anos (19, 20 e 21), se comparado a 2018.
O crescimento do mercado em 2021 foi, mais uma vez, majoritariamente influenciado pelas receitas de streaming, que subiram 34,6% em 2021, atingindo R$ 1,8 bilhão. Os valores desta modalidade são responsáveis por 85,6% das receitas totais do setor.
A distribuição de música gravada em áudio e vídeo através de plataformas de streaming “on demand” continua sendo a principal fonte de recursos para o mercado fonográfico brasileiro. Considerando-se apenas o somatório das receitas de vendas físicas e digitais, o streaming representou 99% em 2021 (98,7% em 2020).
As receitas com assinaturas em serviços como Spotify, Deezer, Apple Music, Youtube Music, Napster, Amazon Music, entre outros, alcançaram R$ 1.084 milhões, com crescimento de 27,8% em relação a 2020. Já o faturamento gerado pelo setor de streaming de áudio remunerado por publicidade (ad-supported), atingiu R$ 318,2 milhões, com variação a maior de 35,4% em relação ao verificado em 2020.
Os vídeos musicais em streaming com interatividade, e remunerados por publicidade, como o Youtube e Vevo entre outros, geraram recursos de aproximadamente R$ 403,7 milhões em 2021, subindo 56,2% se comparadas a 2020.
As receitas de vendas físicas representaram 0,6% do total das receitas da indústria fonográfica atingindo R$ 12,2 milhões, apesar da pequena representatividade em valores, crescimento de 139,3% se comparado à 2020. No físico, os CDs ainda foram o formato mais comercializado em 2021 alcançando faturamento de R$ 7 milhões (crescimento de 56,5%), seguido pelas vendas de DVDs com R$ 2,8 milhões (+337%) e discos de Vinil, com R$ 2,3 milhões (+28,1%).
Já os downloads, mobile & outros alcançaram apenas R$ 5,9 milhões (-51%), mantendo a tendência dos últimos anos e refletindo o crescimento contínuo do streaming. Estas receitas, entretanto, representaram atualmente apenas 0,3% das receitas totais.
Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil, comenta sobre o assunto:
“Após dois anos de pandemia, onde optamos por não divulgar localmente as estatísticas do mercado brasileiro, a Pro-Música retoma seu papel de principal fonte de informações sobre o setor de música gravada no País. Este relatório, apesar do foco em 2021, contém detalhadas informações sobre como o mercado comportou-se em 2020 e 2019, com a finalidade de cobrir esta lacuna em nossas estatísticas“.
Paulo Rosa, continua: Seguindo a tendência dos últimos anos no mundo e no Brasil, a distribuição de música por streaming segue como o principal modelo de negócio do setor fonográfico, já representando quase 86% do faturamento geral, seguida de longe, pelos direitos de execução pública, com pouco mais de 13% dos valores totais do mercado. Vendas físicas de CDs, DVDs e discos de vinil até tiveram crescimento em 2021, mas representam muito pouco em valores, apenas 0,6% das receitas totais”.
Em sua análise, o Presidente ainda destaca: A diversidade de modelo de negócios acaba por se verificar no próprio streaming em si, já englobando diferentes formas de oferecimento e acesso interativo, além de funcionalidades diversas para atender diferentes perfis de consumidores de música, retroalimentando toda a cadeia produtiva da música gravada, tanto por publicidade nos modelos “free” como, sobretudo, por venda de subscrições/assinaturas, modelo que gera a maior parte das receitas do setor. O potencial de crescimento no Brasil ainda é grande e, se contarmos com uma melhora dos indicadores econômicos para os próximos anos, pode ser ainda maior.”
Para ter acesso ao relatório sobre Mercado Fonográfico Brasileiro. Acesse aqui
Para se aprofundar: Leia o relatório completo Global (Em inglês)
Fonte: Pró-Musica/IFPI